Entre os que apresentam tendências suicidas, nem todos precisam da ajuda de um psiquiatra, voltado especificamente para a prevenção do suicídio. O fato é que muitas vezes as tentativas de suicídio são demonstrativas e um meio de manipular as pessoas.
Uma pessoa que constantemente ameaça seus entes queridos de cometer suicídio vai de fato cumprir sua ameaça: isso é evidenciado pelo menos pelo fato de que declara abertamente sua intenção. No entanto, o "suicídio demonstrativo" pode ir muito longe e até levar à morte, mas puramente acidental. Por exemplo, pulando no parapeito de uma janela e ameaçando se jogar na rua, uma pessoa pode escorregar por descuido e cair de verdade. Com essas pessoas, é claro, o trabalho de um psiquiatra também é necessário, mas não o trabalho de que os verdadeiros suicidas precisam.
Se também excluirmos vários tipos de doentes mentais, então uma situação realmente crítica em pessoas mentalmente saudáveis ocorre mais frequentemente com a chamada desintegração social, ou desajustamento.
Conflito com pessoas que são significativas para uma pessoa que pertence ao seu meio social (na família, no trabalho, no círculo de pessoas com interesses semelhantes), danos à dignidade pessoal, perda de um ente querido, uma doença incurável - tudo isso fatores podem levar a situações que parecem sem esperança, uma vez que rompem os laços microssociais de que uma pessoa precisa para se sentir significativa em sua vida. Como resultado, surge um sentimento de desespero, que se transforma em depressão profunda, na qual as habilidades mentais diminuem, e a pessoa não vê mais nenhuma outra solução para a situação, a não ser a morte.
