Análise de 6 problemas da vida adulta e suas raízes desde a infância: incapacidade de desfrutar, passividade e autossupressão, comparar-se com os outros, incapacidade de construir relacionamentos íntimos, relacionamentos de dependência, problemas de compreensão e expressão de emoções. Recomendações para superação.
Freud acreditava que a educação tem uma influência maior na formação da personalidade e no futuro de uma pessoa do que a genética. Ele disse que a maioria dos problemas dos adultos tem suas raízes na infância, ou seja, nas condições de desenvolvimento dentro da família.
Vamos analisar os problemas populares da vida adulta e suas raízes desde a infância: incapacidade de relaxar e descansar, vícios, proibição de expressar emoções e muito mais. Tendo entendido os motivos, você pode ajudar a si mesmo (dar o que faltou) e livrar-se dos problemas urgentes.
Incapacidade de se alegrar, descansar e relaxar
Há culpa e medo por trás disso. E esses sentimentos estão associados às atitudes dos pais, como:
- "Não se deixe enganar"
- "Comporte-se normalmente"
- "Pare de hooliganismo"
- "Não seja barulhento",
- "O que és, que pouco",
- "Você já é um adulto - você precisa pensar em estudar e trabalhar."
Abaixo de cada uma dessas frases, há uma mensagem “Você está me incomodando. Fique confortável e quieto."
Permita-se brincar e relaxar. Certifique-se de que 10 ou 20 minutos de descanso não arruinarão sua vida nem anularão suas conquistas anteriores. Primeiro, reserve um momento especial em que você se permita ser um "menino / menina mau", isto é, sentir-se desconfortável com seu pai ou mãe interior. Aumente gradualmente esse tempo, revelando-se cada vez mais.
Passividade e auto-supressão
Crianças que foram criadas com as frases "Não me envergonhe", "Sente-se quieto e não coloque a cabeça para fora", "Por que você não pode simplesmente ser normal, como todo mundo?" e assim por diante, tornam-se adultos perdidos. Eles se proíbem de fazer o que querem, voltam no trabalho de que não gostam e se divertem com o álcool.
Você precisa se lembrar de todos os seus sonhos e desejos, desde a primeira infância e devolver pelo menos algo para você. Pelo menos adquira um hobby, mas é ainda melhor reconstruir toda a sua vida.
Comparando-se com os outros
Crianças que eram constantemente criticadas ou comparadas com outras (“Por que Petya tinha 5 e você tem 3?”, “Por que você não pode ser a mesma menina obediente que Masha é com a tia Vera?”, Etc.), crescem com o hábito de se comparar com os outros e um desejo doloroso de finalmente ganhar o amor de seus pais. Afinal, essas frases são percebidas por uma criança da seguinte maneira: “Se você for tão capaz / bom / inteligente quanto Petya / Sasha / Pasha / Masha, então eu vou te amar. Mas ainda não."
Pare de tentar ganhar amor por alguma coisa. Dê a si mesmo assim. Perceba sua singularidade e valor incondicional. Cada pessoa possui um conjunto único de características inatas (velocidade das reações, mobilidade do sistema nervoso, inclinações e muito mais), além de uma experiência única. Somos todos diferentes, então você precisa se concentrar apenas no sucesso pessoal.
Mesmo na pedagogia (em teoria, raramente é o caso na prática), o professor dá notas com base não apenas em regras e requisitos gerais, mas também com base nas realizações pessoais do aluno. Por exemplo, se no último ditado houve 7 erros e no novo trabalho - 4, mas em geral ainda puxa para um três, então o professor ainda coloca um quatro.
Falha em construir relacionamentos próximos (amizade, amor)
A desconfiança no mundo surge por dois motivos: ou os pais convenceram a criança de que o mundo é perigoso ("Todas as pessoas são enganadoras", "Não vá lá") ou pelo exemplo mostraram que as pessoas são más (espancadas e humilhadas a criança, traída). Ambos levam ao isolamento.
Você precisa sair de sua concha. Claro, existem enganadores, canalhas e tipos perigosos entre as pessoas, mas esses são exceções. Você precisa aprender a interagir socialmente, porque a necessidade de comunicação e aceitação pela sociedade é uma das necessidades básicas de um indivíduo.
Relacionamento dependente
Estamos falando sobre aqueles casos em que uma pessoa assume uma posição infantil e vê seu pai em um parceiro. Ele espera que o parceiro decida tudo por ele, o apóie, cuide dele etc. É verdade, às vezes o vício se combina com a violência.
Esse comportamento se desenvolve em dois casos: se os pais ficavam dizendo ao filho “Você ainda é pequeno”, privando-o de independência, e se, ao contrário, o filho tinha que ser pai de seus pais (na vida adulta, parece viver o que perdeu).
Em qualquer caso, você precisa aprender a assumir responsabilidades e gradualmente dominar o mundo dos adultos. Ele não é tão assustador quanto parece.
Dificuldade em entender e expressar emoções
Qualquer pessoa que tenha ouvido algo desde a infância no estilo de "Não chore", "Seja paciente", "Pare de choramingar", "Não grite", etc., acostuma-se a bloquear suas emoções e sentimentos na idade adulta. Para não se sentir desvalorizada e humilhada, a criança desliga a esfera emocional e na idade adulta não consegue mais ligá-la. Exteriormente, ele se transforma em um robô, mas as paixões fervem dentro dele (experiências reprimidas se acumulam, coletadas ao longo da vida). O estresse interno se traduz em problemas psicológicos e psicossomáticos. É preciso aprender a liberar emoções.
Concluindo, recomendo a leitura do livro de N. I. Sherstennikova “A Casa da Nossa Infância. As raízes das crianças nos problemas dos adultos”.