Pessoas Normais - Só Aqueles Que Você Não Sabe Muito?

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Anonim

Existe uma velha piada médica que "não existem pessoas saudáveis, existem apenas pessoas subestimadas". Alfred Adler, um dos principais psicólogos alemães do início do século 20, formulou uma declaração semelhante a respeito da psicologia da personalidade. De um certo ponto de vista, essa afirmação realmente merece atenção.

Pessoas normais são apenas aquelas que você não conhece muito?
Pessoas normais são apenas aquelas que você não conhece muito?

A definição de uma pessoa normal

"Pessoas normais são apenas aquelas que você pouco conhece", disse Adler. Considerando que Alfred Adler é o fundador do sistema de psicologia individual, faz sentido ouvir seu ponto de vista. Porém, antes de mais nada, é necessário determinar a terminologia e, em particular, com o próprio conceito de normalidade. Na medicina (e também na psicologia), a norma é entendida como um determinado estado do corpo que não prejudica suas funções. Os psiquiatras, por outro lado, definem o estado normal como um conjunto de indicadores que correspondem a certas expectativas e percepções.

A atitude de Sigmund Freud para com Alfred Adler foi inicialmente bastante leal, mas em cartas posteriores o fundador da psicanálise chamou Adler de paranóico, alegando que ele apresentava teorias "incompreensíveis".

Em princípio, com base nisso, podemos dizer que "uma pessoa normal" é uma definição bastante flexível, amplamente dependente dos julgamentos de valor de outras pessoas que se consideram normais. É claro que, já que estamos falando de interações sociais, a opinião da sociedade deve ser levada em consideração, mas não devemos esquecer que mesmo um número muito grande de pessoas é capaz de cometer erros. Isso é especialmente perceptível no exemplo dos cientistas medievais, que enfrentaram severa rejeição de suas descobertas e idéias, e alguns foram até executados.

Adler estava certo

No entanto, se você ainda imaginar que existem critérios relativamente objetivos para a normalidade desta ou daquela pessoa, a afirmação de Adler será de fato verdadeira. Significa que quanto menos se sabe sobre uma pessoa, menos manifestações de sua individualidade, por meio das quais é possível ter uma ideia se ela é normal. Além disso, um conhecimento insuficientemente próximo priva você não apenas de informações sobre eventos e ações importantes na vida dessa pessoa, mas também de informações sobre seus motivos, experiências, emoções e desejos, tanto explícitos quanto ocultos, suprimidos.

É preciso entender a diferença entre o conceito social de norma e o de indivíduo. Em muitos casos, as pessoas que transcendem as normas sociais são excelentes sujeitos para a comunicação interpessoal.

Ao mesmo tempo, muitas pessoas professam inconscientemente o conceito de pensamento positivo, ou seja, partem do fato de que uma pessoa é normal até que se prove o contrário. Naturalmente, quanto mais formal for a comunicação, menor será a probabilidade de obtenção de evidências de um ou outro desvio. Por outro lado, não se deve ir a extremos e generalizações e suspeitar de todos os desvios psicológicos de todos, com base em uma citação de um psicólogo alemão. Não se esqueça de que a definição geralmente aceita da norma pode muito bem diferir da sua, especialmente por ser muito vaga, e o que era considerado anormal há cinquenta anos, hoje não surpreende mais ninguém. Claro, nos casos em que as anormalidades mentais são óbvias e perigosas para os outros, medidas urgentes devem ser tomadas, mas um hobby inofensivo para borboletas africanas, por exemplo, dificilmente é motivo de preocupação.

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