Por que uma pessoa desempenha o papel de vítima enquanto outra escolhe o papel de perseguidor na vida? A resposta a esta pergunta é dada pelo modelo, que é chamado de "Triângulo de Karpman"
Você já se perguntou que uma pessoa normal e adequada em algumas situações passa a se comportar de forma completamente diferente, pois seria melhor resolver algumas situações? Por exemplo, uma mulher tolera um amigo que abertamente arruína sua vida, embora ela não pudesse se comunicar com ela calmamente. Ou será que um subordinado que tem a oportunidade de trabalhar em um local mais próspero aguenta durante anos o bullying de seu chefe e reclama dele para seus amigos?
Essas relações podem ser entendidas em termos dos benefícios que as pessoas recebem por ocupar certas posições, de acordo com o modelo do Triângulo de Karpman.
As funções principais são - vítima, perseguidor, salvador. A vítima sofre grandes problemas de todos os tipos por parte do perseguidor e se volta para o salvador com acusações raivosas contra o perseguidor. A situação parece familiar?
Se considerarmos a situação do ponto de vista dos benefícios de cada participante, surge um quadro muito interessante. O que a situação dá à vítima quando alguém estraga seu destino? Parece que ela só tem contras. Mas há algo por trás dessas desvantagens que a faz reviver essa situação indefinidamente. Esta é uma oportunidade de não assumir a responsabilidade por sua vida. “Foi ele quem arruinou minha vida”, diz a esposa de um marido que bebia. Mas, na verdade, ela mesma escolheu esse marido e mora com ele por 20 anos a fim de transferir para ele a responsabilidade por seus fracassos na vida.
E qual é o benefício do perseguidor? Ele acredita que a vítima é a culpada de tudo o que está acontecendo ao seu redor, por isso arranja todo tipo de intrigas para ela. É também uma forma de se livrar de um pouco da responsabilidade por sua vida, seus fracassos e transferi-los para outra pessoa, além de sentir sua superioridade e poder.
E aqui, na maioria dos casos, aparece o terceiro papel - o salvador. Normalmente a vítima, tendo sofrido com o perseguidor, vai até o salvador para explicar por muito tempo o quão ruim é o perseguidor, como ele arruína a vida dela. A vítima busca piedade, confirmação de sua inocência, libera fôlego emocional e se torna acusadora por um tempo.
E o salva-vidas? Por que ele precisa de tudo isso? Normalmente, em tal situação, o socorrista fica do lado da vítima e junto com ela expõe o perseguidor por seu "mau comportamento". O salvador ganha uma sensação de superioridade sutil sobre o perseguidor e a falsa sensação de que está ajudando a vítima a resolver problemas. Embora na realidade ele apenas participe do jogo, onde todos têm a oportunidade de se livrar de um pouco da responsabilidade por suas vidas. O salvador reforça a hipocrisia da vítima e dá a ela a oportunidade de drenar a negatividade. Às vezes, melhores amigas, namoradas e até psicólogos inexperientes caem no papel de socorristas, que acabam percebendo que a eficácia dessa assistência é zero.
O relacionamento marido-mulher-amante pode ser uma ilustração clássica desses três papéis. O marido é um perseguidor, se comporta de maneira injusta com a esposa, a esposa é uma vítima, sofre bullying, o amante é um salvador que condena o marido e se sente superior a ele.
Para ir além das funções, é necessário perceber todos os benefícios que uma determinada função traz em um determinado
situações.