Na sociedade moderna, é geralmente aceito que a traição é uma má ação e a lealdade é algo positivo. Do ponto de vista da psicologia, essa distinção estrita é uma espécie de defesa psicológica. Nesse caso, as reivindicações pessoais são justificadas por valores tradicionais. Ou seja, uma pessoa se sente bastante confortável com essa confiança inabalável em seu dever de ser fiel e não sujeitá-lo a dúvidas vazias.
Pode-se dizer, de forma ainda mais simples, que a traição é considerada ruim, pois causa sofrimento mental ao outro parceiro. Porém, essa lógica não é totalmente correta, pois muitos outros acontecimentos da vida causam a mesma dor, sem os quais é impossível imaginar a vida, e a partir disso não se tornam maus. Apenas uma pessoa sofre traição, o segundo parceiro obtém apenas prazer com tal ação proibida.
Entretanto, a lealdade e a dedicação inabaláveis ao parceiro são tão boas? Existem muitas situações em que isso leva a resultados desastrosos. Se uma pessoa não tem independência em termos financeiros e psicológicos, a lealdade total do parceiro é necessária para sustentar sua personalidade fraca. Trapacear nessas circunstâncias pode ser um ímpeto para sair da zona de conforto predominante.
Para não se sobrecarregar com obrigações desnecessárias, muitos praticam um relacionamento aberto. Isso permite não apenas evitar deveres, responsabilidades e direitos desnecessários, mas também, em princípio, se livrar de um parceiro. Uma conexão tão fraca e instável não permite que você sinta o apoio adequado e a sensação de solidão se torna uma companhia constante.
Quando emparelhados com um relacionamento aberto, os parceiros são apresentados como amantes distantes. Eles praticam sexo sem muita intimidade espiritual. E essa abordagem de relacionamento é bastante normal. As pessoas que optam por esse relacionamento são creditadas com uma espécie de maturidade e independência. De fato, sob tais condições, ocorre uma completa liberação do sentimento de ciúme e afeto.
No entanto, esse relacionamento adulto pode ser devido à impossibilidade de escolha. O parceiro não quer assumir responsabilidades desnecessárias e a pessoa não tem outra maneira de ficar perto de seu amor. Um relacionamento aberto não é considerado uma coisa ruim, mas a falta de compreensão espiritual pode confundir muitos. Na mente de muitas pessoas, um relacionamento aberto desvaloriza o amor e não oferece um substituto digno. Como resultado, tendo experimentado tal relacionamento, muitos têm um vazio escuro em suas almas, no lugar do qual havia anteriormente um desejo de felicidade e compreensão mútua com seu parceiro.