É difícil dar uma resposta inequívoca à pergunta sobre o que uma pessoa precisa para ser feliz. Isso é muito individual, embora os pesquisadores tenham tentado mais de uma vez destacar os principais fatores que são importantes para a maioria das pessoas. Em sua opinião, satisfazer as necessidades de uma pessoa a aproxima de um estado de felicidade.
A felicidade como satisfação das próprias necessidades
A felicidade é um conceito bastante subjetivo. Freqüentemente, uma pessoa se sente infeliz enquanto carece de algo de que realmente precisa ou que considera necessário para si mesma. Na década de 40 do século 20, o psicólogo americano A. Maslow propôs à sociedade uma teoria que foi denominada "Pirâmide das Necessidades de Maslow".
A pirâmide inclui os seguintes sete níveis de necessidades humanas em ordem crescente:
- fisiológicos (sono, nutrição, saúde, vestimenta, moradia, relações sexuais); - a necessidade de segurança (proteção, estabilidade e conforto, uma sensação de confiança); - social (comunicação, pertencimento a um grupo social, atividades conjuntas, família, amigos, amor); - autoafirmação e reconhecimento dos outros (sucesso, carreira, prestígio, respeito próprio, poder); - cognição (busca e recepção de novas informações, aquisição de competências diversas); - estética (beleza, harmonia, ordem); - autoatualização (autoexpressão e realização das próprias habilidades, autodesenvolvimento).
Como disse Maslow, as pessoas geralmente são motivadas a passar para o próximo nível quando as necessidades do nível anterior são pelo menos parcialmente atendidas. Ao mesmo tempo, uma pessoa pode se esforçar e trabalhar para atingir vários objetivos ao mesmo tempo, mas a necessidade mais urgente do nível básico é sempre mais importante do que as questões mais elevadas. Se você seguir essa lógica, uma pessoa ficará mais feliz quanto mais plenamente suas necessidades em diferentes áreas forem satisfeitas.
Abordagem individual
Apesar da racionalidade e consistência de todos os tipos de teorias, a individualidade humana desempenha um papel importante, portanto, pessoas diferentes têm necessidades diferentes expressas de maneiras diferentes. Por exemplo, amantes radicais precisam de pouca segurança. Para um cientista, às vezes obter novas informações pode ser mais importante do que necessidades sociais e conforto. Para alguns, o desejo de beleza prevalece sobre o desejo de autoafirmação. Alguém é mais autossuficiente, enquanto alguém precisa de uma permanência constante na companhia de outras pessoas. Alguém vê o sentido da vida nas crianças, enquanto alguém está absorto em suas idéias. Também existem pessoas que vivem como eremitas e se contentam com o mínimo. Além disso, segundo o próprio Maslow, a prioridade de certas necessidades depende da idade da pessoa.
Obviamente, todo mundo tem conceitos diferentes de felicidade e desejos. Mas se a felicidade depende da satisfação dos desejos é uma questão discutível. Afinal, existem pessoas que ficam de bom humor na maior parte do tempo, e existem aquelas que quase sempre são infelizes, sejam quais forem as circunstâncias. Muitas vezes a pessoa pensa que tendo recebido algo há muito esperado, ela finalmente ficará feliz, mas na prática acontece de outra forma, porque os desejos das pessoas são infinitos e quando um objetivo é alcançado, outro surge. Disto podemos concluir que para a felicidade é importante ver o que há de bom no que já existe na vida e apreciá-lo, ao mesmo tempo que se esforça por mais. Você precisa ser capaz de aproveitar o momento. E você também precisa saber o que deseja, ou seja, para distinguir seus verdadeiros desejos daqueles impostos de fora.
A fisiologia também afeta a sensação subjetiva de estar infeliz ou feliz. Pessoas que sofrem de depressão endógena têm baixos níveis de serotonina e endorfinas, hormônios da alegria, de modo que estão constantemente em um estado psicológico deprimido. Assim, uma boa saúde e um equilíbrio de hormônios, vitaminas e minerais no corpo também podem ser considerados essenciais para a felicidade.